terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O QUE ACONTECE...

Querid@s Amig@s,

Sei que estou em débito com vocês, pois, a muito tempo não posto por aqui.

Porém, o que me levou a escrever com ajuda da Suyanne, foi o "o que está acontecendo" com nossa realidade: catástrofes, mortes...

Com minha filosofia de butiquim gostaria de puxar uma reflexão sobre os tipos de mortes que estão ocorrendo nesses últimos tempos. Podemos caracterizar a morte como uma realidade enquanto processo natural de nossa existência, o fato de perdermos alguém querido léva-nos a desenvolver o "medo da morte", nisso, algo natural transforma-se em desnaturalizado (sem natureza).

Tenho acompanhado com muita tristeza as catástrofes naturais que assolam o sudeste do país. Me comovo, sinceramente, me comovo ao ver pessoas desesperadas com a perca de 2.. 3... 15 parentes! Como pseudo teólogo, me sinto intimado a pensar teologicamente essas mortes.

Nossa realidade traz cada vez mais mortes "coletivas". Isto é, desastres que realizam grandes calamidades em uma população. Para o teólogo, não basta refletir a quantidade de mortes ocorridas nesses desastres, mas, que significado essas mortes trazem para a sociedade orfãn e onde estava Deus...

É claro que a imagem que faz-se de Deus irá desenvolver o rumo da reflexão. Partindo do princípio de um Deus que é gerador de vida, não se pode admitir a idéia em que Deus é réu nesse processo. Nossa (in)responsabilidade é a causadora disso tudo. Não conseguimos perceber (ou não queremos), que a nossa "casa comum" está desintegrando-se rapidamente, e que isso se deve ao fato da nossa individualidade social.

E as mortes??? Sempre quando nos deparamos com algo extremamente doloroso semelhante a morte, sente-se a necessidade de converter a perca em aprendizagem. Nisto, estou afirmando que a morte não tem a última palavra! Isso é Ressureição... A morte tem que ser geradora de vida! Esse  paradoxo não é metafísico, é existencial.

A morte gera vida quando desenvolve em nós ações concretas de mudança, os gregos chamavam de metanóia, uma mudança profunda. A solidariedade tem que ir mais além do que o fato de rezar ou orar, tem que se converter em gestos concretos.

 Por fim, gostaria de encerrar com uma frase de um filósofo humanista François Rabelais:

Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não fizeram quando podiam".

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